sábado, 27 de fevereiro de 2010

ECONOMIA SOLIDÁRIA

Mulheres da economia solidária no Piauí: "Pelo menos 80% da massa trabalhadora do país encontra-se na informalidade e é isso que chamamos de Economia Solidária, porque foi a forma que a população encontrou para ter trabalho e renda para o sustento da família, fundamental para os que estão na informalidade".


Economia solidária é um meio diferente de produção, venda, compra e troca de artigos básicos e essenciais para nossa sobrevivência. A teoria da economia solidária é com certeza muito interessante, especialmente a parte que diz respeito a não exploração dos outros, sem querer levar vantagem e sem destruir o meio-ambiente. Neste sentido, cooperando conseguimos fortalecer nosso grupo social, isso quer dizer que pensando no bem de todos, ao mesmo tempo estaremos pensamos em no nosso próprio bem-estar.

A economia solidária vem se apresentando, nos últimos anos, como uma inovadora alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas auto-suficientes, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças, trocas, comércio justo e consumo equilibrado.

Assim sendo, esta forma de economia propõe que o trabalho se transforme em um meio de libertação humana e principalmente familiar, dentro de um processo que possibilite a democratização econômica, criando uma alternativa à dimensão alienante e assalariada das relações do trabalho no sistema capitalista. Mas vale lembrar que as idéias da economia solidária, propõem um caminho a ser seguido rumo à uma sociedade mais justa e igualitária; porém a partir do momento que entendermos esta teoria e tivermos meios de colocá-la em prática, poderemos estabelecer uma comparação com o socialismo, e com certeza veremos que as idéias pensadas por Karl Marx em 1848, ainda permanecem atuais e praticáveis.

Nesse sentido, compreende-se por economia solidária o conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas sob a forma de autogestão. Sem dúvida é uma alternativa que pode, ou até mesmo deve ser colocada em prática, mesmo que em caráter experimental.


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O CARNAVAL É UMA FESTA AUTÊNTICA OU APENAS UMA VITRINE PARA GENTE SEM TALENTO?

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Por Regis Tadeu.

Durante alguns dias, vou tentar escapar da verdadeira ditadura televisiva imposta pelo Carnaval, mas sei que não vou conseguir. Tenho plena consciência de que serei nocauteado por frases imbecis, proferidas por exércitos de exibicionistas, todos ansiosos por uma suruba que nunca se concretiza. Serei submetido a grotescos espetáculos de alegria plástica, sem vida, provenientes de gente cuja maior qualidade é exibir cirurgias plásticas - algumas invejáveis, outras semelhantes a serviços de borracharia mal feitos -, sem um pingo de autenticidade, sem o menor resquício de emoção sincera.

Não tenho nada contra a exposição de corpos femininos nus - muito pelo contrário! -, desde que eles venham acompanhados de uma aura de sensualidade e beleza. Não há espaço para a ingenuidade em avenidas salpicadas de pessoas mortas por dentro, muito menos para o tesão. O que resta é um festival de repugnância proporcionado pelas emissoras de TV. É duro admitir, mas a burrice parece ter se tornado item de cesta básica. Conseguimos a proeza de profissionalizar a idiotice!

O Carnaval se tornou um evento para os outros. Empresas, fabricantes de cervejas, socialites deformadas pelo excesso de botox a ponto de se parecerem com lagartos, celebridades emergentes de 97ª categoria, playboys babacas, garotas de programas disfarçadas em atriz e modelo... É para essa turba falsamente animada que a festa do Rei Momo (quem?) existe hoje. O tumulto resultante é o espelho fiel do que o Brasil se tornou. Para os turistas estrangeiros, somos alegres bufões, sorridentes mesmo quando sabemos que milhares de crianças morrem como moscas porque não têm o que comer. Na verdade, no fundo da alma, essa cambada de "ex-BBBs da vida real" se comporta como palhaços desdentados, subnutridos de inteligência e bom senso. As pessoas se tornaram prisioneiras da imagem daquilo que se espera delas.
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O Carnaval é um retrato cheio de purpurina da realidade que vivemos: tumultuado, confuso, artificial, violento, narcisista, louco - no pior sentido da palavra -, bruto e patético. O problema não é o Carnaval, mas sim o que ele espelha.
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Não, não tenho saudade do passado, mas percebo que, em um tempo não muito distante, vivíamos de uma maneira diferente, mais cordial e sincera, mesmo quando nosso espírito mambembe se confrontava com o início de uma nova ordem, que determinava que só a exibição contínua e a qualquer preço seria o caminho para uma "carreira de sucesso".

Por que existe tanta gente disposta a fazer qualquer coisa para ganhar dinheiro e/ou aparecer na TV? A resposta pode estar no fato de que essa imensa massa de imbecis está totalmente desiludida com os benefícios que a aquisição de cultura pode trazer ao espaço vazio que existe entre as suas orelhas. A turba de idiotas prefere o caminho mais fácil, que passa pelo constrangimento de expor suas vergonhas intelectuais e físicas em cadeia nacional.

Como é possível fazer germinar a cultura de um país por meio da massificação? E quando escrevo "cultura", me refiro também à música, um dos principais combustíveis para nossa existência. Como acreditar na musicalidade de um Carnaval em que os samba-enredos são todos iguais, a ponto de você esqucer cada um deles segundos depois de ouvi-los?
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Hoje, fazer parte do Carnaval é trabalhar como um macaco de realejo perante uma plateia cheia de zumbis sorridentes. Se essa é a sua noção de "alegria popular", vá fundo. Mas depois não diga que eu não o avisei...

Regis Tadeu é editor das revistas Cover Guitarra, Cover Baixo, Batera, Teclado & Piano e Studio. Diretor de redação da Editora HMP, crítico musical do Programa Raul Gil e apresenta/produz na Rádio USP (93,7) o programa Rock Brazuca.

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

RELAÇÃO CIÊNCIA E TÉCNICA

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Com o passar do tempo, novas técnicas foram surgindo e as antigas aperfeiçoadas, especialmente na fase financeira do sistema capitalista, que possibilitou maior rapidez no fluxo de informações e maior agilidade na comunicação.

A revolução dos meios de comunicação, além de útil, fora necessária e decorrente ao desenvolvimento da sociedade e à expansão dos centros urbanos, pois a cada dia há uma crescente necessidade de se estar mais próximo às grandes cidades e até mesmo os países estão cada vez mais próximos uns aos outros, praticamente a um clique de distância com o advento da internet.
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Diante dessa realidade, precisamos estabelecer uma importante relação, que compreende tanto os aspectos positivos, quanto os negativos dessa nova geração dos meios de comunicação e do intenso fluxo de informações. Porém um grande enigma do capitalismo informacional é a questão da globalização.
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A globalização talvez seja a “marca registrada” do capitalismo financeiro, e por sua vez reúne um conjunto de técnicas das quais destaca-se a utilização dos satélites, base para o desenvolvimento da ciência informática e de sistemas informatizados , que não se restringem somente às técnicas de comunicação, mas também às técnicas de transportes e posicionamento específico, que tornaram-se realidade a partir do GPS, seguido de novas tendências de fontes energéticas, das quais o petróleo ainda é o mais utilizado, mesmo havendo pesquisas e estudos relacionados à possibilidade de desenvolvimento de fontes energéticas “limpas”, renováveis, ou biocombustíveis.
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Mas um grande desafio ainda nos assombra, por um acaso pensamos que essas modernas técnicas que utilizamos hoje, que nos são até artigos de adorno, sinônimos de sofisticação, um dia fizeram parte de estratégias bélicas (ex.: satélites, internet, GPS)? E quanto ao uso desses equipamentos em nosso dia-a-dia? Não há uma preocupação intensiva em relação à responsabilidade dos usuários de internet, por exemplo, que cometem crimes por meio da rede mundial de computadores, uma vez não havendo uma fiscalização ativa, nem punições exemplares. Este impasse polêmico também se estende no cenário da política nacional e internacional e na questão da utilização, ou não utilização de armas nucleares.

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

RECEITA DE UMA REVOLUÇÃO

A Liberdade conduzindo o povo, óleo sobre a tela de Eugène Delacroix.


Todos os tipos de revolução têm pelo menos uma característica em comum: a substituição de toda uma estrutura falida e problemática por uma nova realidade, mais justa, igualitária e funcional. Os fatores que distinguem as revoluções são justamente os meios e ferramentas pelos quais as mudanças são reivindicadas.

Gostaria de chamar atenção para algumas características da Revolução Francesa, em especial para os dois principais pilares deste fato histórico, que são a revolução musical por Ludwig van Beethoven e os ideais iluministas, quais o próprio Beethoven também seguia.

A música de Beethoven ganhou grande destaque no decorrer da Revolução Francesa, suas notas marcantes traduziam uma mensagem, que pode ser traduzida em “liberdade”; além de marcar a transição de uma tendência musical sacra padronizada para uma nova geração de composições que valorizavam a liberdade política, artística, de escolha, de credo e a liberdade individual.

A Sinfonia no. 3, "Eroica", foi planejada para ser uma grande homenagem a Napoleão Bonaparte, mas após se convencer de que Napoleão desvirtuou os objetivos da Revolução Francesa (Liberdade, Igualdade e Fraternidade), num imenso ato de justiça, Beethoven apagou a antiga dedicatória, e em seu lugar escreveu “À Memória de um Grande Homem”.

Outra importante característica da Revolução Francesa foi a adoção da filosofia iluministas, baseada na razão e na capacidade racional humana, pregava a criação de novas tendências, seguidas de certa criticidade, por sua vez respaldada por um governo com maior participação popular.

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