domingo, 27 de março de 2011

COPA DO MUNDO É SINÔNIMO DE ALIENAÇÃO?

A Copa do Mundo é realmente um evento que transforma a rotina dos brasileiros, tanto de forma positiva, mas especialmente de forma negativa.

A união popular que observamos durante este evento é exemplar, porém se torna alvo de críticas ao acontecer somente de quatro a quatro anos, e ainda mais em prol de um motivo que não interfere diretamente na vida política da população, ou seja, o cunho desta festividade é alheio aos interesses políticos da parcela mais pobre da sociedade, que encontra-se ainda mais alienada e conformada com seu artificial sentimento nacionalista, retirado do guarda-roupas só em época de Copa do Mundo.

Não é surpresa para ninguém que na Copa de 2010, durante os jogos do Brasil, os parlamentares votaram importantes leis em Brasília; leis estas que previam o aumento exorbitante de seus próprios salários.

Vamos nos valer, mesmo que seja de quatro a quatro anos, dessa união popular como uma forma de protesto social, pois o povo tem sede de justiça e ânsia de ser ouvido.

Este sentimento nacionalista que nos acomete em tempos de Copa do Mundo é uma mazela social; basta lembrarmos do “Pão e Circo” na sociedade romana, o mesmo acontece nos dias atuais. Não devemos comer deste “pão com sabor de alienação”, vamos comer do “pão da justiça”, pois somente este pão tem ingredientes que nos deixará mais fortes e ousados, capazes de transformar a sociedade em que vivemos.

O senso crítico, este é o “pão da justiça” seja em época de Copa do Mundo, ou não, sempre devemos nos alimentar dele.

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segunda-feira, 7 de março de 2011

SEGURANÇA: REALIDADE OU UTOPIA?

A segurança é um assunto muito discutido nos dias atuais, e se tornou um grande desafio para todos nós, especialmente para os habitantes dos centros urbanos.

Ao menos a falta de segurança, em especial, é um problema para a maior parte da população, podemos observar que estamos cada vez mais presos, confinados e alienados à uma realidade que por mais que pareça artificial, se torna a cada dia mais natural, pois uma vez que para termos garantia de segurança precisamos nos privar de uma serie de coisas, a primeira delas é a liberdade.

Na luta pela sobrevivência nesta selva de pedras, o cidadão honesto, que está na base da “cadeia alimentar” do “predatorismo humano”, acaba por perder o seu direito de ir e vir, somos condicionados, ao extremo, a ceder a doutrina capitalista a fim de nos colocarmos nas vitrines do mercado de trabalho, nos tornando só mais um produto, que como outro qualquer também tem o seu preço.

O conceito de segurança, ao longo dos anos, veio sofrendo uma radical inversão de valores, pois para a maioria de nós, estar seguro, na prática, é estar dentro de nossas casas, protegidos por muros altíssimos, adornados com cercas elétricas, arame farpado, sistemas de vigilância e alarmes, por outro lado, enquanto estamos em um verdadeiro presídio de segurança máxima, os verdadeiros bandidos caminham livremente pelas ruas, munidos das armas da impunidade e da injustiça.

Mais a fundo, devemos discutir a segunda face do efeito chamado [in]segurança, numa analise sociológica mais profunda e embasada nos ideais marxistas, podemos dizer que a falta de segurança, caracterizada pelos roubos, sequestros, assassinatos, chacinas e diversos outros crimes motivados, seja por vingança, ou até mesmo pelo consumo de drogas ilícitas são conseqüências de toda uma estrutura social segregadora, que estabelece diferenças gritantes entre ricos e pobres.

Logicamente, em uma sociedade extremamente heterogênea, a população marginalizada tende a se rebelar e a protestar de forma inconsciente, desordenada e violenta.

O principal objetivo desta discussão é chegar a uma conclusão positiva que nos ajude a sanar, ou amenizar a mazela social causada pela insegurança. Pois bem, seguindo a óptica socialista, podemos afirmar que a solução para o nosso problema seria a erradicação das absurdas desigualdades sociais que geram a marginalização de nossos irmãos e os submetem à condições de sobrevivência desumanas. Para tanto, sabemos que seria indispensável uma reforma politica em nosso país, acabando com vários privilégios e os salários exorbitantes dos parlamentares, bem como desarticular o solido esquema de concentração de renda no Brasil. Em outras palavras salário mínimo para os políticos.

Temos a consciência de que está não e uma tarefa fácil, muito pelo contrario, retirar esses monarcas de seus tronos hegemônicos será um trabalho árduo, porém somos mais de 190 milhões de bons e honestos cidadãos brasileiros, vamos usar esta tal de democracia ao nosso favor. A segurança não e uma utopia, e esta muito mais próxima do que imaginamos, para alcançá-la basta estarmos seguros do que queremos para nossa sociedade e para nós mesmos.

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A INFLAÇÃO E A VIDA DA POPULAÇÃO

Certamente, todos os dias nós escutamos a palavra inflação, seja ao conversarmos com os amigos, na escola, no trabalho, lemos no jornal, vemos pela televisão e especialmente sentimos o peso da inflação quando vamos ao supermercado, ou comprar qualquer produto que seja.

Vivendo sob um sistema capitalista e completamente alienador e competitivo, podemos dizer que a inflação é um termômetro do consumo atuando como um agente regulador.

Existem dois tipos de inflação, sendo os mais conhecidos e presentes em nosso dia-a-dia:

A inflação de mercado que está relacionada com a produção disponível e o excesso de demanda, geralmente ocorre quando a economia está aquecida, podendo ser combatida com uma politica econômica que freie o consumo, através do aumento dos juros, por exemplo.

Por outro lado, a inflação de oferta é caracterizada pelo aumento dos preços das mercadorias em razão da consequente elevação dos custos de produção, ocasionada pelo aumento dos salários dos trabalhadores e dos preços das matérias-primas, por exemplo.

Quando vamos ao supermercado e verificamos o aumento dos preços dos produtos, certamente é por conseqüência do aumento da inflação, já quando os preços estão estabilizados a inflação também está estabilizada, ou diminuiu sobre o valor de determinado produto.

Bem por isso, constatamos que a inflação está bastante presente na nossa vida cotidiana, portanto devemos compreender bem do que ela se trata e entender como ela influencia em nossa comunidade em âmbito familiar, mas também em toda a sociedade.

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AS DESIGUALDADES NAS GRANDES CIDADES

À frente da imagem está a favela do Morumbi em São Paulo-SP, logo ao fundo estão prédios de alto padrão, em uma das regiões mais valorizadas da cidade.


Certamente, um dos maiores problemas das grandes cidades são as notáveis desigualdades sociais.

Nos centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, existe uma enorme concentração de riquezas, mas por outro lado bolsões de pobreza ainda maiores, por isso, podemos afirmar que as grandes cidades são em sua maioria heterogêneas, ou seja, ao mesmo tempo, que os ricos são extremamente ricos, os pobres são miseravelmente pobres.

Levando em consideração os acontecimentos históricos, a concentração das riquezas nas mãos de uma minoria foi um fato iminente, que veio se arrastando através dos séculos, desde o regime escravagista e resulta hoje na discrepante desigualdade social presente nas metrópoles.

Se não forem pensadas estratégias a fim de propor uma distribuição de renda mais justa, sempre haverá uma classe social dominante detentora da maior parte das riquezas e uma grande parcela da sociedade miserável e marginalizada.

A solução para a heterogeneidade dos centros urbanos é a ação social popular, juntamente com políticas publicas eficientes e que realmente estejam sensibilizadas com a realidade de extrema miséria sob a qual milhares de cidadãos brasileiros têm que conviver diariamente.

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SER PROFISSIONAL E CIDADÃO

O Programa Doutores da Alegira, formado por alunos da Unesp de Botucatu, leva alegria para crianças em tratamento contra o câncer.

A questão da obrigatoriedade da prestação de serviços gratuitamente à comunidade, com certeza gerou diversos questionamentos em estudantes de universidades públicas de todo o pais há alguns anos.

Quando taxamos algo como obrigatório, já estamos criando uma imposição negativa, é complicado criar uma medida que obrigue estes estudantes a prestarem serviços gratuitos, uma vez que consideramos o grande esforço e empenho de cada um deles em serem aprovados no exame do vestibular e que para tanto houve investimentos, especialmente financeiros.

Sem duvidas, estudar em uma universidade pública não há gastos com mensalidades, porém o dinheiro público, através dos impostos pagos por todos nós, é revertido para o setor da educação superior.

Visto que há por trás desta discussão uma grande captação de investimentos que deveriam ser destinados e devidamente aplicados na área da educação superior, julgo que não haveria problemas ou empecilhos aos profissionais recém formados prestarem serviços gratuitos à comunidade carente, porém, de maneira totalmente voluntária.

Numa sociedade plenamente consciente poderíamos pensar neste tema de forma mais ampla, sendo que a oportunidade de prestar serviços gratuitos seria vista como uma forma de aprimoramento profissional e, sobretudo, seria um belo gesto de cidadania e participação social, pois todo o potencial e conhecimento agregado pelos estudantes seriam revertidos e aproveitados por boa parte da população a fim de diminuir a marginalização e instigar os jovens a terem uma atitude cidadã.

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