- Ética do capitalismo X Ética dos samurais;
- Diferenças entre as sociedades estadunidense e japonesa.
“Dizem que o Japão foi feito por uma espada.
Dizem que os antigos deuses mergulharam uma lâmina de coral no oceano, e que ao retirarem, quatro gotas perfeitas caíram de volta no mar, e essas gotas tornaram-se as ilhas do Japão.
Eu digo que o Japão foi feito por uma série de guerreiros corajosos, dispostos a darem a vida por algo que tornou-se uma palavra esquecida, honra”.
Podemos verificar no filme, que em pleno momento de consolidação do capitalismo industrial nos EUA, a sociedade estadunidense segue, mais do que nunca, crente nos antigos ideais de Macchiavél, que dizem que o governo deve ser constituído de boas leis e boas armas e que para um político é preferível ser temido que amado.
A política estadunidense de promoção da desigualdade social está embasada tanto nos ideais de Macchiavél, quanto na falsa expectativa de evolução que eles vendem aos países ditos não desenvolvidos, ou emergentes, assim os seduzindo às guerras e à geração de conflitos.
Se enganou quem pensa que essa situação de geração de conflitos e guerras foi um acaso, muito pelo contrário, esta realidade fora tão certa, quanto previsível, pois os Estados Unidos são nada mais, nada menos, que os credores das principais guerras do passado e de todos os conflitos do presente. Para se ter uma idéia, os EUA estão presentes desde a faísca que acende o estopim de um conflito, até a última bala a ser disparada durante o mesmo, tudo isso sem falar na ajuda humanitária da ONU, que sempre chega em “boa hora”.
No contexto apresentado pelo filme o Japão é mais uma vítima do capitalismo estadunidense.
Cedendo às pressões externas o Japão inicia seu processo de capitalização, um choque entre o antigo e o moderno. Dando seqüência ao processo, o Japão se envolve em disputas territorialistas contra os chamados samurais, que por sua vez também fazem parte da sociedade japonesa, mas por não compartilharem dos mesmos ideais de felicidade, por defenderem a honra e não o capitalismo, acabaram sendo segregados dos cidadãos e passaram a viver em espécies de colônias.
Os samurais eram pessoas honradas, que nasceram com a missão de servir e através de sua rigorosa disciplina, buscam incessantemente a perfeição, em resumo, ser samurai é muito mais que dominar a espada. São justamente esses valores dos samurais que constituem a essência da sociedade japonesa.
“Eu tenho sonhado com um Japão unificado, um país forte, independente e moderno, e agora temos ferrovias e canhões, roupas ocidentais, mas não podemos esquecer quem nós somos, nem de onde viemos”.
PORTAL COMUNISTA - publicação de WILLIAN DE SOUZA famousstudio_willian@yahoo.com.br
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