A honestidade é um dos valores mais admirados na personalidade do ser humano, por isso é muito importante cultivá-la. “Para o homem honesto uma boa reputação é a melhor herança” (Publílio Siro).
Contudo, isso não nos dá o direito de recriminar os considerados desonestos e corrompidos, até mesmo porque os homens honestos precisam de patifes ao seu lado, mesmo porque é a existência de tais pessoas corruptas que nos faz contrastar a honestidade com a desonestidade, e a desonestidade por sua vez, é o fator determinante que prova a existência dos valores da honestidade nos indivíduos.
O homem honesto não põe na balança os valores materiais e capitalistas, se uma pessoa honesta encontra, seja um saco cheio de jujubas, seja um saco recheado de dólares, ela vai procurar devolvê-los ao seu dono, tomando sempre atitudes corretas, pois ela não vai atribuir valor àquilo que não a pertence, os honestos não guardariam consigo nem o saco com jujubas por ter um valor insignificante e conseqüentemente, muito menos, pegariam o saco com dólares, muito pelo contrário, devolveriam ao seu verdadeiro dono.
Hoje, vivendo na sociedade dos valores capitalistas fica muito difícil resistir a tentação de rumar às atitudes desonestas, uma vez que pessoas mal intencionadas estão por todas as partes tentando nos seduzir, além do mais a população sofre uma constante exploração no seu trabalho, é duramente massacrada e marginalizada todos os dias pelos meios de comunicação e ainda está exposta a todos e quaisquer tipos de perigo e violência. “O homem honesto não será desviado do que é digno por coisa nenhuma”. (Sêneca).
A honestidade trata-se de um valor que deve ser praticado de forma recíproca, “Todos nós sabemos o que é uma ação desonesta, mas o que é a honestidade, isso, ninguém sabe”. (Anton Pavlovitch Tchékhov), só saberemos o que é verdadeiramente o valor da honestidade quando olharmos nosso reflexo ao espelho e podermos afirmar com absoluta certeza: “essa é uma pessoa honesta”. Caso contrário devemos olhar nosso reflexo ao espelho e indagar: “então quem sou eu para exigir a honestidade das outras pessoas, e esperar atitudes honestas para comigo?”.
Bem como acontece com os demais valores, a honestidade corre o risco de sofrer o processo de personificação, principalmente pelo fato de vivermos numa sociedade essencialmente baseada nos valores capitalistas e comandada pelo lucro e pelo insensível “pagamento em dinheiro”. “A honestidade fingida é desonestidade dobrada”. (Publílio Siro).
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