sábado, 25 de julho de 2009

DEBATE: A GUERRA DOS ARGUMENTOS

Dedico à esta postagem, a seguinte frase de Bobby Seale, dos Black Panthers:
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Não combatemos racismo com racismo. Combatemos racismo com solidariedade. Não combatemos o capitalismo explorador com capitalismo negro. Combatemos o capitalismo com o socialismo. E não combatemos o imperialismo com mais imperialismo. Combatemos o imperialismo com o internacionalismo proletário.
Até a vitória!
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Sinto a necessidade de complementar: “Até a vitória!”, um lema que deve ser adotado por todos nós, verdadeiros cidadãos, que mesmo diante de tanta sujeira e corrupção em meio à nossa política, não deixamos nos abater e principalmente, não cobrimos o rosto perante tamanha monstruosidade e podridão pousada nas bancas hegemônicas de Brasília, e continuaremos, honestos, dignos e decentes, pois não vamos nos esconder por medo e muito menos por vergonha, porque nós, somos capazes de tirar essas putrefações ambulantes dos cargos políticos e coloca-los nos seus devidos lugares, ou seja, na cadeia. Se nós elegemos, equivocadamente, esses gatunos nojentos e os colocamos onde hoje eles estão, quem nos há de suprimir o direito de tira-los dessa bonança toda? Quando atingirmos tal nível de desenvolvimento, e com absoluta certeza, nós vamos chegar lá, seremos capazes de formar um governo socialista, e pautados nos ideais de Karl Marx e na jovialidade de Che Guevara, dentro de poucos anos seremos verdadeiros comunistas; e o que hoje nos parece tão longínquo e inalcançável estará aqui, perto de nossas mãos. Vamos partilhar de um governo, onde tudo seja para todos. Por isso, não vou cansar em afirmar que temos o poder em nossas mãos, portanto usemos conscientemente e transformemos nosso VOTO em um verdadeiro gesto de transformação social.
Para alguns alienados, essas considerações podem parecer inúteis, mas são a mais pura verdade, para sermos um país e conseqüentemente um mundo mais justo, primeiro precisamos ser mais justos com nós mesmos, precisamos votar com critérios, e não no primeiro vagabundo que nos aparece naqueles santinhos ridículos, parece engraçado, mas é justamente esse “trabalho de formiga”, que vai nos proporcionar um futuro melhor, construído por pessoas melhores.
E eu também aproveito a oportunidade para chamar a atenção dos leigos que querem se passar por intelectuais: É medíocre a preocupação que vocês têm em deixar um “mundo melhor” para os seus filhos, vocês têm mais é que se ocuparem em deixar filhos melhores, para que esses possam dar continuidade na consolidação de um mundo melhor, ao em vez de serem apenas mais alguns dentre a multidão de jovens alienados, vítimas dos antivalores e estereótipos, que os meios de comunicação, ou como prefiro chamar, meios de alienação usam a fim de seduzi-los, ao consumismo e a subversão.
Muitos comunistas, especialmente os recém-convertidos, crêem piamente que devemos partir para atitudes extremas e violentas, como invadir quartéis do Exército, destruir as empresas globais, seqüestrar e torturar os políticos e capitalistas donos de multinacionais, a fim de alcançarmos nossos ideais, por um lado este conceito tem certa coesão, pois as guerras e conflitos são necessários para que se chegue em um acordo, este seria o princípio da Dialética, e o procedimento, digamos que, mais natural e imaginável possível, mas isso também não quer dizer que os conflitos e guerra precisam ser sumariamente pautados no uso de armas, agressão, violência e tanta força bruta, aliás, nós comunistas, repudiamos tais práticas de extrema violência.
Seria ótimo se fosse tão simples e rápido assim, mas não é. Lembrem-se camaradas: Todo e qualquer movimento revolucionário passa por uma guerra inicial, que não se faz com fuzis. Nessa guerra, só se usam argumentos em defesa de uma tese. Convencer alguém a sair da sua ilha solitária de impotência e conformismo é o primeiro e mais importante passo que podemos dar.
Acham mesmo que Che Guevara fez sucesso só pelo contexto histórico? Claro que não!Ele com certeza, não convenceu ninguém mostrando fuzis russos para ser respeitado entre famélicos, tal como, fazem os traficantes daqui com as crianças humildes que tristemente habitam as favelas. Infelizmente não tive a oportunidade de conhecê-lo, mas duvido que tenha usado outro método pra ganhar apoio popular (nossa mais segura base contra o imperialismo) que não suas palavras, denunciando ao proletariado sua própria realidade, alimentando o sentimento de rejeição à burguesia com a sua política estadunidense de exploração e mostrando qual o melhor caminho para se livrar das algemas e dos açoites capitalistas.
Em nome de toda a classe trabalhadora, do proletariado e do lumpemproletariado; até a vitória!

PORTAL COMUNISTA - publicação de WILLIAN DE SOUZA famousstudio_willian@yahoo.com.br

sexta-feira, 17 de julho de 2009

FILME O ÚLTIMO SAMURAI - Edward Zwick 2003

  • Ética do capitalismo X Ética dos samurais;
  • Diferenças entre as sociedades estadunidense e japonesa.

Dizem que o Japão foi feito por uma espada.
Dizem que os antigos deuses mergulharam uma lâmina de coral no oceano, e que ao retirarem, quatro gotas perfeitas caíram de volta no mar, e essas gotas tornaram-se as ilhas do Japão.
Eu digo que o Japão foi feito por uma série de guerreiros corajosos, dispostos a darem a vida por algo que tornou-se uma palavra esquecida, honra
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Podemos verificar no filme, que em pleno momento de consolidação do capitalismo industrial nos EUA, a sociedade estadunidense segue, mais do que nunca, crente nos antigos ideais de Macchiavél, que dizem que o governo deve ser constituído de boas leis e boas armas e que para um político é preferível ser temido que amado.
A política estadunidense de promoção da desigualdade social está embasada tanto nos ideais de Macchiavél, quanto na falsa expectativa de evolução que eles vendem aos países ditos não desenvolvidos, ou emergentes, assim os seduzindo às guerras e à geração de conflitos.
Se enganou quem pensa que essa situação de geração de conflitos e guerras foi um acaso, muito pelo contrário, esta realidade fora tão certa, quanto previsível, pois os Estados Unidos são nada mais, nada menos, que os credores das principais guerras do passado e de todos os conflitos do presente. Para se ter uma idéia, os EUA estão presentes desde a faísca que acende o estopim de um conflito, até a última bala a ser disparada durante o mesmo, tudo isso sem falar na ajuda humanitária da ONU, que sempre chega em “boa hora”.
No contexto apresentado pelo filme o Japão é mais uma vítima do capitalismo estadunidense.
Cedendo às pressões externas o Japão inicia seu processo de capitalização, um choque entre o antigo e o moderno. Dando seqüência ao processo, o Japão se envolve em disputas territorialistas contra os chamados samurais, que por sua vez também fazem parte da sociedade japonesa, mas por não compartilharem dos mesmos ideais de felicidade, por defenderem a honra e não o capitalismo, acabaram sendo segregados dos cidadãos e passaram a viver em espécies de colônias.
Os samurais eram pessoas honradas, que nasceram com a missão de servir e através de sua rigorosa disciplina, buscam incessantemente a perfeição, em resumo, ser samurai é muito mais que dominar a espada. São justamente esses valores dos samurais que constituem a essência da sociedade japonesa.

Eu tenho sonhado com um Japão unificado, um país forte, independente e moderno, e agora temos ferrovias e canhões, roupas ocidentais, mas não podemos esquecer quem nós somos, nem de onde viemos.

PORTAL COMUNISTA - publicação de WILLIAN DE SOUZA famousstudio_willian@yahoo.com.br