·Biografia / Principais lutas: Rigoberta provém de uma humilde família de índios camponeses, cresceu trabalhando em lavouras de café, e altiplanos do norte onde sua família vivia. Ainda adolescente foi envolvida em atividades de reforma sociais promovidas pela igreja católica, e destacou-se no movimento feminista. Seu trabalho de reforma despertou a oposição dos poderosos, especialmente pelo fato da sua participação em organização de guerrilhas e sua família foi acusada de integrar atividades subversivas. Seu pai, Vicente Manchú, foi preso e torturado, depois de libertado, ajudou a fundar o Comitê da União de Camponês (CUC) em 1979, organização que Rigoberta também se filiou, assim como seu pai o irmão de Manchú foi preso, torturado e morto pelo exército. No ano seguinte, novamente, seu pai foi violentamente alvejado pelas forças de segurança enquanto estava na embaixada espanhola e morreu. Pouco depois sua mãe também morreu depois de ter sido presa, torturada e humilhada ao extremo. A jovem ativista, no entanto não desistiu da luta na CUC. Figurou como organizadora proeminente de uma greve e reivindicou melhores condições para os trabalhadores de fazendas na costa do Pacífico, e no dia 1 de maio de 1981, encabeçou grandes manifestações na capital de seu país. Filiou-se à radical Frente Popular 31º de janeiro, onde sua contribuição principal consistiu em educar a população indígena de camponeses a resistir a opressão militar. Perseguida, escondeu-se pela Guatemala, e conseguiu fugir para o México, feito que marcou o começo de uma nova fase na sua vida. Lá, tornou-se organizadora da resistência contra a opressão na Guatemala e a luta pelos direitos humanos dos índios camponeses. Foi uma das fundadoras da frente de oposição comum ao governo guatemalteco e a Representação Unida da Oposição Guatemalteca, a RUOG (1982). No ano seguinte, ela contou sua história de vida à escritora venezuelana Elisabeth Burgos Debray, cujo livro resultante: “Me llamo Rigoberta Manchú y así me nació la conciencia” (1982-83). Nesta obra de autobiografia, Rigoberta explica como iniciou a vida como trabalhadora numa plantação de café aos cinco anos de idade, em condições tão péssimas que foram a causa da morte de seus irmãos e amigos. Recebeu certa educação católica, o que a vincularia, mais tarde, a trabalhos junto à igreja, este livro tornou-se um documento humano que atraiu a atenção internacional.
PORTAL COMUNISTA - publicação de WILLIAN DE SOUZA famousstudio_willian@yahoo.com.br