Ao menos a falta de segurança, em especial, é um problema para a maior parte da população, podemos observar que estamos cada vez mais presos, confinados e alienados à uma realidade que por mais que pareça artificial, se torna a cada dia mais natural, pois uma vez que para termos garantia de segurança precisamos nos privar de uma serie de coisas, a primeira delas é a liberdade.
Na luta pela sobrevivência nesta selva de pedras, o cidadão honesto, que está na base da “cadeia alimentar” do “predatorismo humano”, acaba por perder o seu direito de ir e vir, somos condicionados, ao extremo, a ceder a doutrina capitalista a fim de nos colocarmos nas vitrines do mercado de trabalho, nos tornando só mais um produto, que como outro qualquer também tem o seu preço.
O conceito de segurança, ao longo dos anos, veio sofrendo uma radical inversão de valores, pois para a maioria de nós, estar seguro, na prática, é estar dentro de nossas casas, protegidos por muros altíssimos, adornados com cercas elétricas, arame farpado, sistemas de vigilância e alarmes, por outro lado, enquanto estamos em um verdadeiro presídio de segurança máxima, os verdadeiros bandidos caminham livremente pelas ruas, munidos das armas da impunidade e da injustiça.
Mais a fundo, devemos discutir a segunda face do efeito chamado [in]segurança, numa analise sociológica mais profunda e embasada nos ideais marxistas, podemos dizer que a falta de segurança, caracterizada pelos roubos, sequestros, assassinatos, chacinas e diversos outros crimes motivados, seja por vingança, ou até mesmo pelo consumo de drogas ilícitas são conseqüências de toda uma estrutura social segregadora, que estabelece diferenças gritantes entre ricos e pobres.
Logicamente, em uma sociedade extremamente heterogênea, a população marginalizada tende a se rebelar e a protestar de forma inconsciente, desordenada e violenta.
O principal objetivo desta discussão é chegar a uma conclusão positiva que nos ajude a sanar, ou amenizar a mazela social causada pela insegurança. Pois bem, seguindo a óptica socialista, podemos afirmar que a solução para o nosso problema seria a erradicação das absurdas desigualdades sociais que geram a marginalização de nossos irmãos e os submetem à condições de sobrevivência desumanas. Para tanto, sabemos que seria indispensável uma reforma politica em nosso país, acabando com vários privilégios e os salários exorbitantes dos parlamentares, bem como desarticular o solido esquema de concentração de renda no Brasil. Em outras palavras salário mínimo para os políticos.
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