No interior da velha sociedade, formaram-se os elementos de uma sociedade nova e a dissolução das velhas idéias acompanha a dissolução das velhas condições de existência.
O proletariado utilizará seu domínio político para anular pouco a pouco o capital à burguesia, para centralizar todos os instrumentos nas mãos do Estado e para aumentar o mais rapidamente possível a massa de forças produtivas.
Isso, naturalmente, só poderá ser realizado, no princípio, por uma intervenção despótica, o que é inevitável a fim de revolucionar todo o modo de produção.
Quando as diferenças de classe desaparecerem no curso do desenvolvimento e todos os meios de produção estiverem concentrados nas mãos dos indivíduos associados, o poder público perderá todo seu caráter político.
Em lugar da velha sociedade burguesa, com suas classes e seus antagonismos entre classes surge uma associação na qual o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos.
O Estado proletário não tem nada a ver com o Estado burguês. Os proletários criam uma nova modalidade de gestão de poder que, com a desaparição dos antagonismos entre as classes, chama-se Ditadura do Proletariado. Sua característica fundamental reside em que trata de uma forma política expressiva, enquanto todas as demais formas de governo se baseiam na repressão. A Ditadura do Proletariado tem essa característica porque governa através da contínua impugnação de si mesma, num movimento que a partir da periferia alcança o vértice, que passa a ser o simples organismo executivo.
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