Os operários começam a formar coalizões contra os burgueses e se reúnem para defender seus salários fundam associações. Aqui e ali, a luta explode em revoltas. Às vezes, os operários triunfam, mas é um triunfo efêmero, mas a sua união é cada vez mais ampla. Essa união é facilitada pelo crescimento dos meios de comunicação (internacionalismo proletário).
De todas as classes que até hoje se opõem à burguesia, apenas o proletário é uma classe verdadeiramente revolucionária. As camadas médias combatem a burguesia para salvar da ruína sua existência. Não são, portanto revolucionários, mas conservadores, tornam-se revolucionários apenas diante a perspectiva de sua iminente passagem para o proletariado, defendendo assim seus interesses futuros, não seus interesses presentes, quando abandonam seu próprio ponto de vista para adotar o ponto de vista do proletariado.
O proletariado não tem propriedade é subjugado e despojado de todo caráter nacional. Isso explica suas relações com a mulher e os filhos, que nada tem de comum com as relações familiares burguesas. As leis, a moral, a religião, são para ele meros preconceitos burgueses.
Os proletários não podem conquistar as forças produtivas sem suprimir o modo de apropriação em vigor: bolsa, monopólio, banco, publicidade, comércio, igreja, indústria e etc.
A verdadeira luta do proletário se desenvolve segundo a vontade de abolir definitivamente a injustiça social burguesa.
Fica assim evidente que a burguesia é incapaz de continuar por muito mais tempo como a classe dominante, porque é incapaz de assegurar a existência de seu escravo, caindo numa situação em que deve alimentá-lo em vez de ser por ele alimentada, portanto a existência da burguesia é incompatível com a da sociedade.
Os isolamentos nacionais e os antagonismos entre os povos desaparecem progressivamente com o desenvolvimento da burguesia, com a liberdade de comércio, com o mercado mundial e com o nivelamento da produção industrial. A dominação do proletariado fará com que desapareçam ainda mais depressa.
Na mesma medida em que for abolida a exploração de um indivíduo por outro, será abolida também a exploração de uma nação por outra. Simultaneamente à desaparição do antagonismo entre as classes.
Um comentário:
Muito bonito o discurso de Marx, mas no entanto ficou provado que em uma sociedade composta por seres humanos sempre vão ter os que dominam e os que são dominados. Essa massa proletaria, que quer destruir os meios de produção e voltar para a época medieval com certeza não faz idéia que lá onde eles chegarem, seja lá onde for, eles vão precisar de leis, de regras, mesmo sem moral, sem Deus, pois se não sua liberdade e da sua familia vão estar a mercê do mais forte, não há liberdade em um mundo sem leis, e no fim das contas quando perceberem que serão obrigados a criarem leis para viver em sociedade, perceberão que continuam sendo oprimidos pelas leis que eles mesmos criaram, então chegará o homem que será o guardião das leis para que não sejam infringidas, se criará uma nova policia, só que essa do proletariado, e toda a revolução do proletariado se tornara uma outra forma de governo que vai oprimir e escravizar tanto quanto as outras formas de governo.
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