As leis, a moral, a religião são para o proletário meros preconceitos burgueses, atrás dos quais se ocultam outros interesses burgueses.
O proletariado na maioria das vezes percebe que o padre sempre caminhou de mãos dadas com o senhor feudal, e que o socialismo clerical caminha de mãos dadas com o socialismo feudal, enfim, não há nada mais fácil que recobrir com um verniz socialista, o ascetismo cristão.
Por acaso o cristianismo não se manifestou também contra a propriedade privada, contra o matrimônio, contra o Estado? Em seu lugar não pregou a caridade e a pobreza, o celibato e a mortificação da carne, a vida monástica e a igreja? O socialismo cristão é apenas a água benta com que o padre consagra o rancor dos aristocratas. Marx argumentava que nenhuma religião seja qual for têm como princípio a igualdade social.
Quanto às acusações contra o comunismo partidas do ponto de vista da religião, da filosofia e da ideologia em geral, não merecem um exame detalhado. Será que é necessária uma grande perspicácia para compreender que, com a modificação das condições de vida dos homens, das suas relações sociais, da sua existência social, também se modificam suas representações, suas concepções e seus conceitos, numa palavra sua consciência?
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