quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A INTERNACIONALIZAÇÃO DA BURGUESIA PARA KARL MARX

A burguesia não pode deixar de existir sem deixar de revolucionar continuamente os instrumentos de produção e, por conseguinte, as relações de produção, e assim todo o conjunto das relações sociais.

A necessidade de mercado cada vez mais intenso para seus produtos impele a burguesia para todos os do globo. Ela tem necessidade de estabelecer-se em toda parte, criar vínculos em toda parte.

Através da exploração do mercado mundial, a burguesia tornou cosmopolita a produção e o consumo de todos os países. Assim sendo as antigas indústrias nacionais são suplantadas por novas, hoje conhecidas como multinacionais, ou transnacionais.

Em lugar das antigas necessidades, satisfeitas pela produção nacional, surgem necessidades novas, para serem satisfeitas com produtos de países mais distantes.

No lugar do antigo isolamento local e nacional desenvolve-se em todas direções um novo intercâmbio universal, uma independência universal das nações.

E isso refere-se tanto à produção material, quanto intelectual, o exclusivismo nacional tende a desaparecer, bom como as literaturas nacionais que formam-se uma literatura mundial.

Obriga todas as nações, sob pena de extinção a adotarem o modo de produção da burguesia, obriga-as a ingressar no que ela chama de civilização, isto é a se tornarem burgueses, em poucas palavras, cria um mundo sua imagem e semelhança.

A burguesia submeteu o campo ao domínio da cidade. Criou cidades imensas, aumentou imensamente a população urbana em relação a rural. Da mesma forma que subordinou o campo a cidade, subordinou os países bárbaros e semibárbaros aos países civilizados, os povos camponeses aos povos burgueses, o oriente ao ocidente.

A burguesia suprime cada vez mais a dispersão dos meios de produção e da propriedade. Aglomerou a produção, centralizou os meios de produção e concentrou a propriedade em poucas mãos. A conseqüência necessária disso foi a centralização política.

Em suma, a moderna sociedade burguesa, que fez surgir como que por encanto possantes meios de produção e de troca, assemelha-se ao feiticeiro que já não pode controlar as potências infernais por ele desencadeadas.

Fonte: MANIFESTO COMUNISTA – MARX, Karl e ENGELS, Friedrich.

PORTAL COMUNISTA - publicação de WILLIAN DE SOUZA famousstudio_willian@yahoo.com.br

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