quarta-feira, 29 de abril de 2009

MULHERES DE ATENAS

Atualmente a mulher ainda vive em condição de inferioridade e submissão ao homem, na antiguidade, no contexto da história da Grécia, mais especificamente em Atenas; as mulheres eram vítimas de preconceito, não tinham direito à cidadania, eram restritamente obrigadas a realizar os afazeres domésticos e servir ao marido, quando chegava uma visita em sua casa, por exemplo, a mulher deveria ficar limitada aos fundos, no quintal ou na cozinha, segundo os machistas da época, as mulheres não tinham o mesmo desenvolvimento cognitivo que os homens, portanto eram indignas de participar de uma discussão filosófica, mas em Esparta elas eram livres para realizar atividades comerciais, sendo assim mais independentes, pois seus maridos tinham que atender ao serviço militar, até aos sessenta anos de idade e seus filhos, homens, já ingressavam na militância aos sete, ficando aos cuidados da mãe somente as meninas.
Hoje as mulheres continuam sofrendo preconceitos, porém de forma mascarada, no mercado de trabalho, são desvalorizadas, e não têm um salário equivalente ao homem com a mesma formação e competências que ela, dessa forma a mulher é desrespeitada e explorada, pelo mercado de trabalho que é extremamente machista.
No âmbito familiar a mulher é restrita ao trabalho doméstico, á cuidar dos filhos e aos demais afazeres que compreendem as atividades do lar. Por outro lado o homem se julga incapaz e indigno de realizar atividades consideradas femininas, como lavar a louça, varrer a casa ou passar roupa, analisando profundamente esse aspecto da sociedade atual, nos deparamos com muitas mulheres chefes de família que trabalham com afinco e fazem o trabalho doméstico, por outro lado os homens, mesmo desempregados, ficando o dia todo em casa, não se mobilizam a pelo menos lavar a louça.
Diante de um amplo panorama social no qual estamos incluídos ou deveríamos estar, vemos que as mulheres não estão devidamente inseridas nas questões políticas do nosso país, embora existam muitas em cargos públicos, não passam de fantoches nas mãos dos partidos, lembrando também que, há alguns anos elas não tinham direito ao voto e muito menos de pleitear cargos políticos.
Depois de muito preconceito, exploração e principalmente muita luta, as mulheres foram “reconhecidas” a partir do dia 08 de março 1975, quando a ONU estabeleceu o Dia Internacional da Mulher, depois que milhares foram mortas queimadas em indústrias têxteis nos Estados Unidos e na Europa por terem feito manifestações por melhores condições de trabalho, salário justo e menor jornada de trabalho, no mesmo dia e mês do ano de 1957.
Após tamanho sofrimento, as mulheres ainda têm dificuldades de se imporem na sociedade, no mercado de trabalho, na família e na política, pois a perversidade machista se coloca maneira agressiva, não reconhecendo que elas são fortes agentes transformadoras da sociedade e têm grande potencial de transformar o mundo em um lugar mais justo, mesmo com oportunidades diferentes e desleais em relação aos homens.
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PORTAL COMUNISTA - publicação de WILLIAN DE SOUZA

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