quinta-feira, 5 de novembro de 2009

AS CRISES BURGUESAS PARA KARL MARX

Desde há algumas décadas a história da indústria e do comércio não é mais que a história das forças produtivas contra as relações de produção e de propriedade de que conduzem a burguesia ao domínio.

Basta mencionar as periódicas crises comerciais que questionam de forma cada vez mais ameaçadora a existência de toda a sociedade burguesa.

Durante a crise é destruída sistematicamente uma grande parte não só dos produtos fabricados, como também muitas das forças produtivas já criadas. Nessas crises irrompe uma epidemia social de superprodução e a sociedade vê-se subitamente conduzida a um estado de barbárie momentânea, é como se uma situação de miséria ou uma guerra mundial tivesse suprimido os meios de subsistência, porque a sociedade possui demasiada civilização, demasiados meios de subsistência, demasiada indústria, demasiado comércio.

As forças produtivas disponíveis já não mais favorecem o desenvolvimento da civilização burguesa e das relações de propriedade, ameaçadas pelo movimento proletário. As relações burguesas tornam-se estreitas demais para conter suas riquezas e vencer tais crises. Para tanto recorre-se a destruição forçada de uma massa de forças produtivas, ou a conquista de novos mercados, juntamente com a exploração ainda mais intensa dos antigos.

As armas de que se serviu a burguesia para derrotar o feudalismo voltam-se agora contra ela própria. Mas a burguesia não forjou apenas as armas que lhe trarão a morte; produziu também os homens que empunharão essas armas: os proletários.

Fonte: MANIFESTO COMUNISTA – MARX, Karl e ENGELS, Friedrich.

PORTAL COMUNISTA - publicação de WILLIAN DE SOUZA famousstudio_willian@yahoo.com.br

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