quarta-feira, 21 de outubro de 2009

DESOBEDIÊNCIA AO MAL – LUTAR SEM VIOLÊNCIA

  • É possível lutar sem violência?
  • É possível ver alguém cometer uma grande injustiça e tentar impedir, mas sem sentir raiva?
  • É possível ter piedade de quem mata, rouba e pratica crueldades?
  • É possível condenar os atos sem condenar quem os praticou?
  • Uma causa justa pode ser defendida sem violência, ainda que os que por ela lutam sejam alvo de muita violência?

Estas são algumas questões que vamos tentar responder, e alguns conceitos que procuraremos entender e até mesmo desmistificar.

Um grande líder pacifista indiano chamado Gandhi demonstrou que as respostas para as questões acima são sempre “sim”, que tudo isso é possível. Até hoje, muita gente duvida que se possa agir sempre sem violência na vida. Gandhi ao contrário, com suas idéias e seu exemplo, mostrou a força da não violência.

Mahatma Gandhi, lutou corajosamente pela independência do povo indiano do Reino Unido por volta de 1947, com seus geniais planos de desobediência civil, boicote aos produtos ingleses, greves de fome e especialmente de não violência, mobilizou grande parte da população em prol da luta pela independência da Índia. Porém infelizmente fora covardemente assassinado no ano seguinte.

Podemos considerar que a luta pela independência indiana foi pacífica sob o comando de Gandhi, que por sua vez, jamais pegou em armas e tirou a vida de outras pessoas para conseguir seus objetivos, muito pelo contrário, com as suas greves de fome acabou agredindo a si mesmo, a ponto de debilitar-se de tal maneira que mal conseguia se sustentar.

Neste aspecto vale refletir se a independência da Índia foi, em amplos aspectos uma revolução pacífica, uma luta sem qualquer tipo de violência, ou ao mesmo tempo, também houve um resquício de violência, seja ela mínima ou não.
  • O que é a paz?

Sempre dizemos que há paz, quando não há violência, mas o que isso quer dizer na realidade? Sabemos que a paz é formada por um conjunto de fatores, tais como a cultura de valores e do senso comunitário.

A paz também é fruto da justiça, mas hoje em dia fica difícil falar de justiça, vivendo na sociedade dos valores essencialmente capitalistas, que tentam a qualquer custo impedir a propagação da justiça e da igualdade social.

Vale a pena lembrar que vivemos em paz quando aprendemos a conviver e agregar conhecimento a partir das diferenças entre as pessoas, isso significa que as diferenças existem para serem contempladas e não combatidas.

  • Você acredita na paz?

É sempre muito importante não perdermos a esperança de que um dia, viveremos em plena paz no mundo, mas para que isso seja concretizado, primeiramente precisamos compreender a importância do senso comunitário (trabalho em equipe), assim sendo, estaremos livres da intolerância que é um péssimo valor e praticaremos a solidariedade, nos tornaremos mais sensíveis aos problemas e dificuldades alheios e conseqüentemente aprenderemos muito mais com as nossas diferenças, socializaremos nossas habilidades, mas também compartilharemos nossas dificuldades.

Acreditar na paz é acreditar nos valores, na justiça e na igualdade social, na tolerância, e principalmente, na bondade humana.

  • Você acredita na paz? Sempre ou nem sempre? Por quê?

Muitas vezes seja pelos valores capitalistas, ou pelas nossas dificuldades e preocupações do dia-a-dia, bem como a violência que presenciamos e sofremos todos os dias nos grandes centros urbanos, acabamos nos considerando incapazes de acreditar que a paz sempre pode estar presente em todos e quaisquer lugares. Atribuímos a este estado de espírito exaltado, no qual se encontra a maioria da população que vive nas cidades, o estopim para ações violentas.

PORTAL COMUNISTA - publicação de WILLIAN DE SOUZA famousstudio_willian@yahoo.com.br

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